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terça-feira, 30 de junho de 2009

Festa presta tributo ao Bar Atelier


Uma festa nostálgica vai relembrar o agito do extinto Bar Atelier: um espaço alternativo que funcionava numa casa no Jardim Baiano, em Nazaré, e que, no início dos anos 90, movimentou a noite soteropolitana na base de muita descontração, liberdade, blues e rock. “Tributo Atelier” vai reunir, nesta sexta-feira, dia 03, a partir das 23h, na Boomerangue, no Rio Vermelho, vários músicos que subiram ao palco do estabelecimento. Mais do que simplesmente uma casa noturna, o Atelier marcou época porque representou uma verdadeira válvula de escape existencial para quem buscava opção de entretenimento fora dos padrões oferecidos na noite da capital baiana. Foi lá que o blues feito por músicos baianos ganhou visibilidade na mídia local.

A festa vai contar com esquema de jam session regado a muito blues, soul e rock e a participação de alguns dos músicos que passaram pelo palco do Atelier, como os ex-integrantes da Talking Blues: Oyama Bittencourt (guitarra), Jerry Marlon (baixo), Alfredo Martins (Baterista) e Cláudio Lacerda (guitarra e vocal). Além deles, estão confirmados ainda o guitarrista Karl Franz (ex-Camisa de Vênus), Guiga Blues Rock (baterista), Miguel Cordeiro (guitarra e vocal), Luiz Rocha (gaitista), Brian Knave (baterista), Ricardo Luedy, Sérgio Souto e Tuzé de Abreu.

História - Por trás da iniciativa do Bar Atelier estava o agitador cultural, Maurício “Miau” Simões, que já havia sido responsável, no final dos anos 80, juntamente com outros companheiros, pelo Tesão & Cia, em Patamares: um espaço comunitário e cultural anarquista ligado à Somaterapia. Depois de finalizada essa experiência, “Miau” resolveu transformar a casa da família, um sobrado elegante e arborizado localizado no Boulevard Suísso, que serviu de atelier para seu avô, Presciliano Silva, num ambiente inusitado incrivelmente perfeito para se juntar amigos para celebrar a vida bebendo, comendo e ouvindo música de qualidade ao vivo.

O que parecia uma idéia fadada ao fracasso devido ao fato do bairro de Nazaré estar longe do tradicional agito noturno da orla, acabou sendo o principal mérito do bar. A tranqüilidade do Boulevard Suísso somada ao aconchegante espaço interno e ambiente cultural do bar se transformaram em garantia de noitadas memoráveis para os freqüentadores.

Por lá, passaram músicos de diversos quilates de bandas de rock (SPA e Koyotes), mpb rock de vanguarda (Munda Mundista) e blues (Álvaro Assmar, Mário Dannamann e Talking Blues). Mas foi o gênero musical negro americano que, nas noites de sexta-feira, caiu nas graças do público heterogêneo, que passou, inicialmente, a frequentar o Atelier por causa de divulgação “boca-a-boca”. A platéia era formada por um misto de jovens universitários, artistas, profissionais liberais, alternativos de todas espécies, entre outros. De point descolado, o espaço caiu até na moda e não foram poucas as vezes que a capacidade do espaço, cerca de 150 pessoas, estava preenchida.

O Atelier agregou gradativamente diversas tribos que iam ao local para assistir aos shows nas noites de quinta, sexta e sábado ou simplesmente para curtir, nesses ou em outros dias da semana, num ambiente descontraído. Passados mais de 15 anos, o Bar Atelier deixou sua marca na história da boemia soteropolitana por ter cultivado, em meio ao marasmo cultural da cidade nos anos 90, diferenciados padrões de entretenimento.

Enviado por Lídia Sá . lidiasa@uol.com.br

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